Verificar o estado das nascentes, além de elaborar um relatório de monitoramento e, se necessário, promover a recuperação das áreas. Esse foi o objetivo de uma série de vistorias que iniciaram na terça-feira (14/11), para monitoramento de nascentes que integram a Bacia Hidrográfica da Pampulha. A ação foi desenvolvida por técnicos e fiscais da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Contagem, além de representantes do Consórcio da Pampulha e do Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha (Propam).
Com atividades previstas até março de 2024, a iniciativa contribui significativamente para a preservação ambiental e para o plano de despoluição da região, com o compromisso de realizar o monitoramento anual e apresentar um relatório detalhado a cada ano.
Conforme o superintendente de Fiscalização Ambiental de Contagem, Eric Machado, a escolha de iniciar os trabalhos pelas nascentes da bacia da Pampulha, foi devido às ações que já estão sendo desenvolvidas pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), em parceria com as prefeituras de Contagem e Belo Horizonte, dentro do plano que prevê a despoluição da lagoa em no máximo cinco anos.
Eric afirmou que a fiscalização atuará de maneira proativa, notificando e tomando medidas diante de qualquer sinal de degradação ambiental. Uma coordenação foi designada para reforçar essas ações, indicando o comprometimento renovado em recuperar as áreas públicas em todas as regiões da bacia hidrográfica.
“Vamos realizar esse monitoramento para vermos de perto a real situação das nascentes. Nossa meta é que seja apresentado um relatório abrangente até março de 2024. Este documento incluirá uma revisão detalhada das condições das nascentes, acompanhada de propostas concretas para sua recuperação”, explicou.
Além das ações em campo, outra importante abordagem do trabalho será a educação ambiental, promovendo a conscientização da população sobre a importância da preservação das nascentes e do meio ambiente, explicando a relevância desses recursos naturais e a necessidade do envolvimento da população na sua proteção.
O presidente do Consórcio da Pampulha, Carlos Augusto Moreira, vê com bons olhos essa iniciativa conjunta entre os dois municípios e o consórcio, que desempenha um papel crucial na preservação das nascentes e do patrimônio mundial.
“A água é um recurso suscetível a alterações pela ação humana a qualquer momento. Ao monitorar essas 300 nascentes, contribuímos com informações essenciais para que os órgãos técnicos, governos municipais e estadual possam trabalhar efetivamente. A Pampulha não é patrimônio apenas de Contagem, Belo Horizonte e Minas Gerais. Ela é um patrimônio reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), daí a importância de lutar para garantir a preservação dela”, explicou.
Para finalizar, o geógrafo da Prefeitura de Belo Horizonte e do Propam, Rodrigo Adamo, declarou que a embora o trabalho a ser realizado seja intenso, será de extrema importância, e espera que em pouco tempo os resultados sejam visíveis, visto que o relatório das nascentes estava desatualizado a cerca de quatro anos, e com essa ação, reforçam o compromisso contínuo com a preservação ambiental.
“Para alcançar nosso objetivo, é fundamental concentrar esforços na área certa, ou seja, na bacia da Pampulha. Essa vistoria de hoje já evidenciou como será nosso ritmo de trabalho nos próximos meses e foi bastante positiva. No final entregaremos um produto excelente, representando uma contribuição valiosa para o chamado Livro Azul e permitindo uma revisão abrangente de toda a situação”, finalizou.
CLIQUE AQUI e acesse a galeria de fotos. Fotógrafo: Ronnie Von/PMC